11º4 na Conferência “A reindustrialização de Portugal”

No dia 11 de novembro do corrente ano, a turma de Economia, 11º4, participou numa conferência no Auditório Manuel Menezes de Figueiredo, em Gaia, entre as 9h e as 13h.

A Palestra contou com o Secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, na sua sessão de abertura, referindo os temas-chave da conferência, tocando no tópico da era digital. As questões relativas ao desenvolvimento económico foram também salientadas (tal como o crescimento das empresas ou o investimento) apontando o sr. Secretário de Estado algumas medidas, como o fortalecimento da diplomacia económica e a simplificação fiscal, dando origem a quatro importantes dimensões: incentivos financeiros e capitalização; empreendedorismo e inovação; talento; e sustentabilidade. Concluiu reforçando a necessidade da reindustrialização da Europa, quanto ás políticas, inteligência artificial (IA), competitividade e fundos e união de mercados capitais.

De seguida, reuniu o primeiro painel: “Portugal e a reindustrialização da Europa”, cujos oradores foram Ana Teresa Lehmann, da Faculdade de Economia da Universidade do Porto e ex-Secretária de Estado da Indústria; Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP (Associação Empresarial de Portugal); Maria do Céu Carvalho, da Eu Funding Partner da KPMG Portugal; e António Braz Costa, diretor-geral do CITEVE (Centro Tecnológico das Indústrias têxteis e do vestuário).
O segundo painel: “Políticas públicas para a Indústria e os desafios da Industrialização” teve como oradores José Reis, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra; Carlos Alves, vice-presidente da SEDES (Associação para o desenvolvimento económico e social); e António Castro, presidente INOVAGAIA.

Os oradores centraram-se na desindustrialização das economias, referindo a necessidade de reposicionamento das políticas públicas em Portugal. Perante o paradoxo europeu foi debatido o peso da indústria, que baixou (face aos serviços), o cruzamento de setores (agendas/fundos), e a investigação e desenvolvimento.
Foi ainda salientada a baixa produtividade de Portugal em relação à Europa pela dependência de apoios públicos ao invés dos mercados. As estratégias passam pela aposta na indústria, por uma atitude política proativa e pelo setor terciário, de modo a aumentar a capacidade industrial com base produtiva. O futuro deverá privilegiar a economia do conhecimento, e dar valor acrescentado ao que produzimos, desenvolvendo políticas setoriais e de redução dos obstáculos ao desenvolvimento global. A estabilidade e segurança será alcançada pelas políticas públicas (escoar, armazenar e investir). Os processos têm de ser mais automatizados e robotizados, e caminhar no sentido da digitalização, pois há muitas atividades que atrasam e podem ser feitas pela tecnologia e inteligência artificial, permitindo ás empresas o desenvolvimento de projetos que as ajudem a crescer, aumentando, assim, a produtividade.
O exemplo da imigração foi muito sublinhado, evidenciando a aposta numa imigração proativa. Quanto à emigração debateu-se a questão dos nossos jovens procurarem trabalhos mais qualificados, pela sua formação, noutros países da Europa, com condições mais favoráveis.
Entre os dois painéis tivemos um intervalo com direito a um agradável coffee-break, no qual procurámos interagir com os oradores.

Por fim, a sessão de encerramento foi conduzida pelo Secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que fez uma síntese dos temas abordados, via online. Deixou em aberto a questão de Portugal ter uma economia mais sofisticada: pela qualificação da população, pelo investimento da ciência e investigação e pelas políticas públicas e incentivos. Foram referidos alguns exemplos de setores que refletem o pouco poder transformador das empresas e, portanto, pouco poder orçamental e financeiro. Os setores têxtil, mobiliário, calçado ou de vinho, foram então referenciados como exemplos de setores transformadores e com resultados. Outras áreas como a energia, mobilidade/transportes, metalomecânica e equipamentos industriais, saúde e agricultura sustentável, são já dotadas de competências científicas, tecnológicas e empresariais. Portugal deve, portanto, adotar uma estratégia de especialização inteligente e mudar o paradigma das políticas públicas.
Em suma, a União Europeia percebeu finalmente a importância da reindustrialização da sua economia, e Portugal percebeu a importância da flexibilização das políticas para a transformação da sua economia.

A turma 11º4 considerou esta atividade produtiva, na medida em que foi um modo diferente de apreensão de conteúdos, sugerindo outras atividades idênticas para outras turmas/áreas.

Alunos de Economia do 11º4 e professora Sofia Oliveira
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